Posto a pensar diante da janela do escritório bem de frente à rua
Vejo no asfalto a poça de água se formar, logo um ônibus passa e faz a poça se espalhar
Aquela poça que fora formada de uma chuva ácida que caia durante meu trabalhar
De forma estranha me desprendo do alfa, e lembro-me da beldade que beijara na noite passada.
Logo pego o smart-phone e penso no sms que devo enviar.
Mas nada me ocorre, a não ser me lembrar que não possuía o número de seu celular.
Tão somente seu endereço escrito em um guardanapo de bar.
Então, olho para a tela do smart-phone ainda em mãos
E noto que o sinal 3G esta indisponível, talvez por conta da chuva que acabara de cessar.
Não me dou por vencido, viro-me de pressa para usar o computador.
Nele posso enviar algumas palavras visto que o endereço é de e-mail e não residencial.
Penso se devo discorrer de texto romântico, ou um mero questionamento de onde nos conhecemos.
Nada me vem à mente.
Desisto, preciso mesmo é de tempo para refrescar o pensar e voltar com algo mais prudente.
Já em casa me lembro do que deixara de fazer.
Mas ainda me lembro bem do beijo que me fizera estarrecer.
Em meu bolso o guardanapo, leio e penso o que em seu nome poderia escrever.
Assim com simples endereço fica difícil saber como devo me expressar.
Talvez algumas palavras que deixem claro meu pensar.
Sim, começarei a falar com o Nick que consta em inicio ao endereço que passara.
Ligo o computador, me acalmo vendo que a banda larga esta disponível
Escrevo o e-mail discorro com palavras de quem o dia nela pensava.
Da chuva ácida tal como da poça que diante de meus olhos se dissipara.
Para minha surpresa, a resposta nada tarda.
Como quem em verdade um contato o dia todo esperara.
Que satisfação, agora sei como chamá-la
Responde ao e-mail e assina com o codinome Mandala.
Alguns e-mails e já estamos mais íntimos enfim
Por sorte o laptop tem web câmera.
Assim namoramos a noite toda ela em seu quarto eu em minha cama.
Isso que dá ficar a toa.
Olha o que a mente divaga!
Na verdade, quisera expressar que o romantismo se perdera
Tal como a poça de chuva ácida.
A carta escrita a mão ainda se faz mais bela.
Traz nela sentimentos colhidos e refletidos.
Refletidos à escrita, com erros de caligrafia
Mas ainda assim com tom maior de poesia.