E ao fim se descobre que algumas perguntas não têm respostas
Aquelas perguntas feitas em silêncio no leito, com feridas expostas
Do amor vindouro que se encontrara e tão brevemente se dissipara
Das palavras bem ditas agora esquecidas por aquele que as dispara
As perguntas que na calada da noite
Afastam o sono e deixam coração ofegante
E no fim se descobre que algumas perguntas nascem mortas
Que as promessas na verdade não passaram de promessas tortas
Que sonhos foram sonhados de olhos abertos e não de sonhos em verdade
Das balbucias ditas no calor de se amar, mas não para toda eternidade
Que se calaram quando separados
Agora sem mais significados
E ao fim de tudo, se descobre que as perguntas
Nasceram assim sem respostas
E em um belo dia se conscientiza
Que tais perguntas não se concretizam
Que agora perderam o sentido
Pois aquele amor por ti não fora obtido
O amor que não lhe compreendera o bastante
Pois não passara de uma mentira ultrajante