Por vezes me sinto assim
Pássaro calado cujo canto teve fim.
Vagueio por veredas desconhecidas
Por campos onde as árvores se fazem adormecidas
O intrépido silêncio que por vezes atordoa
A mente deste pobre pássaro que com o amor sonha
Agora diante do Sol se pondo
Recordo-me o quanto cantei com estrondo
Quis cantar a todos os pássaros, pois este pardal estava amando
No entanto após aquela primavera
O amor me deixara
Restava Tão somente a espera
O ciclo já se fez
E passara primavera outra vez
O amor não retornara
Tal como o canto de outrora
Que não canto mesmo diante da nova primavera.