Ah doce vida
Por quantas vezes já lhe fiz esquecida
Por lembranças de forma desmedida
Das recordações de outrora
Que vezes o presente assola
Das horas vezes perdidas
De pensar em palavras invertidas
Escrever se faz passatempo
Passando se a vida em fragmento
Vezes procurando firmamento
Vezes necessitando de alento
Ah doce vida
Perdoe-me pelo desperdício
Quero que o viver se faça oficio
Vislumbrar o presente
Fazer o coração sempre quente
Das lembranças que trago em mente
Que a boa seja sempre recorrente
E que a cada novo dia
Viva a vida de forma tardia
Correndo para a vida
E não mais lembrar-me de despedida
Viver dia a dia, noite a noite
Pois a vida por ser uma
Que seja então em poesia sem alguma bruma