"Blogagem Coletiva"
Sou de fato demasiado sentidos
Mas não há no mundo quem possa dizer não se entregar ao império regido por eles, sim o império dos sentidos.
A volúpia em demasia proclamada em dois corpos que se entregam em extrema nostalgia.
O sabor exalado dos amantes impiedosos que tomam por inteiro as sensações da paixão que os envolve.
De olhos semicerrados de movimento acentuado horas em rompantes de sedução dominante.
Aos amantes que saboreiam e bebem da volúpia de seus corpos.
Sentem ofegantes entregues à magia do amor inquietante que lhes dominam os sentidos.
Tomam noite adentro entregues de forma literal ao império que lhes domina.
Guiados tão somente pelo desejo, enlaçados pelo envolvimento, se entregam em perfeita harmonia no entendimento proporcionado através dos corpos.
Num momento sublime de entrega e desejo, arrebatados pelos sentidos, do suor causado, dos toques demasiados, dos beijos molhados.
Assim entregues ao império dos sentidos.
São extirpados do mundo real, das falas depreciadas e muitas vezes desnecessárias.
O momento é de entrega, de sabores, onde corpos se saboreiam e lábios se entorpecem, onde não há pensamentos apenas entrega em uma única constante, o de proporcionar e receber prazer por todos próximos instantes.
O prazer não descrito, sem consoante nem verbo sem necessário ter-se alguma toante.
São sentidos, aos sussurros e suspiros, gritos e gemidos.
O som da volúpia de dois corpos, a sinfonia entoada por amantes, o toque dos clarins da vida, a sinfonia mais ardente e querida.
As mãos a percorrerem inquietantes cada espaço escondido, cada centímetro desejado, os beijos tomados descompassados redescobrindo o corpo do amante.
Das mordidas, espaçadas, espalhadas revelando o puro desejo desta toada, o amor consumado, o sexo elevado, o prazer em sua máxima constante.
A explosão dos sentidos revelados, demasiados onde não se faltam galgares, a disritmia, o ar que falta aos poucos e o tremor causado ao corpo.
Revela o êxtase envolvendo todo o espaço, o suor nos lençóis estampado, o leito do amor agora consumado.
O momento em que dois corpos se tornam um único sentido retumbante.
Assim, digo-lhes em verdade, que o momento é sublime e dispensa definições.
Apenas a exaltação vivida em similaridade por amantes.
Império dos sentidos, vivenciado e aclamado e comprovado em cansados semblantes.