"Selos Recebidos"

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

"P.U.S.H."



Tenho tentado a todo custo

Tenho buscado o pensamento justo

Mas sou mero ser humano

Repleto de defeitos e por vezes profano


Vivo a mendigar a compreensão

Tentando apagar a falsa menção

Buscando em olhares a verdade

Mesmo tendo me acabado em maldade


Sou teimoso obtuso

Tento não me tornar recluso

Entrego-me sem maldade

Acreditando ainda na deidade


Os espinhos de certo marcam fundo

Sem cicatrizes aos olhos, mas visíveis ao mundo

Cicatrizes que se permutam em proteção

Encoraja o ser e também ao coração


Cansado mas não um derrotado

Perplexo mas não desacreditado

Enquanto me observa cabisbaixo a caminhar

É onde me refaço e deixo as dores em amor se transformar


PRAY UNTIL SOMETHING HAPPEN



terça-feira, 17 de agosto de 2010

"Coração Teimoso"




De certo o coração é um pobre cego
Nada enxerga apenas o sentimento lhe é credo
Não compreende as lógicas das razões
Não enquanto tomado em profundas emoções


Dos dias que se passaram foi o que pude entender
Que ao coração é impossível compreender
Que existem mais facetas do que se imagina
E não tão somente o sentimento que lhe culmina


Sendo da teimosia associado guerreiro
Pergunto-me a qual devo teimar em primeiro
À razão que afronta e mostra a impossibilidade
Ou à emoção que vem como se fosse ainda puberdade


Que devo eu dizer daquilo que desconheço?
A não ser dizer-te bela que pelo seu sorriso me apeteço!
Que devo eu fazer com as horas que não passam?
Mas que ao som de tua voz apenas peço que tais barreiras se desfaçam.


Enfim que devo eu fazer?
Se em verdade nada do que devo me faz apetecer.




terça-feira, 10 de agosto de 2010

"Veredas duma Vida"



Por quantas veredas mais terei que passar?
Se do amor e pelo amor sempre me fizera rogar
Encontro em meu corpo, feridas que jamais irão me deixar
São marcas da vida e de um verdadeiro amor a buscar


Sou feito assim de marcas muitas e de eterno pensar
Como pude eu ser a quem ver na vida o amor se repudiar?
Serei eu eterno viajante de efêmera forma de amar?
Ou simples passageiro que vislumbra da janela e vive a sonhar?


São perguntas freqüentes que me tornam vez mais descrente
Vislumbro a vida passar e do Sol não vejo mais seu crescente
Os dias são turvos cinzentos, e a mim mais um entorpecente
Vivo a sonhar devanear e talvez do amor seja mero demente


Que sei se não de mim e do olhar que em minha mente ira divagar
Das lembranças criadas em leito, mas desfeitas ao despertar
Volto a caminhar pelas veredas em que não mais desejei estar
Disperso entre as torrentes da vida volto a navegar


Sou de fato feito assim sem mais protelar
Feito do desejo de se ter a quem amar,
Mas que tem então tão somente este profundo pensar...


Nothing Else Matters

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

"Honesto Amor"



Ah o amor honesto

Puro sincero e manifesto

O amor não tem sacrifícios

Tem por si muitos benefícios

Quando se tem amor em verdade

Não se deixa os prazeres nem a vaidade

Quando se ama não se sacrifica

Entrega-se e se recebe o que do amor bem fica

Não se comete sacrilégios

Têm-se em verdade privilégios

Quando queremos em bem querer

Não precisamos de outros prazeres a nos entreter

Simplesmente dividimos uma vida

Convivemos em harmonia

Duas vidas que seguem um mesmo caminho

Duas pessoas que se entendem no carinho

É este o amor que lhe ofereço

E tão somente por este amor me apeteço

De viver assim uma vida inteira

Contemplando a beleza da vida sob uma videira

Completar a minha vida completando a vida sua

Ah o amor honesto, que seja sina minha e também a sina tua




segunda-feira, 2 de agosto de 2010

"Sou o que Sou"



Vezes, estou tão longe que não podeis notar
Vezes tão próximo que não podeis ignorar
Sou sentimento constante a percorrer o mundo
Sou sentido exaltado e vezes sentimento profundo


Das vertentes da vida me faço dramaturgo
A dramaturgia latente que traz em vida todo um mundo
Mas posso ser romancista a exaltar o romance
Preciso tão somente da rosa e em mente belo semblante


Das rimas escolhidas faço poesia à preferida
Dona de sorriso cintilante que nos alegra a vida
De olhos bem abertos, brilhantes como o diamante
Pois nenhuma admiração nasce para durar um instante


Dos amores passados, esquecidos e abandonados
Faço a triste rima de lágrimas em estado elevado
Das lamúrias que se abrigam numa vida
Faz-se também a poesia das brumas que cobrem a lida


Dentre tantas facetas que pode-se ter
Prefiro e escolho ser esta que acabei de vos dizer
O amor enaltecido que na poesia encontra abrigo
Ou a lamúria que tristemente traz o amor esquecido


Sou enfim este que vos escreve,  feito, moldado e criado dos sentidos.
 
 
Ao som de "Numb" (entorpecido) Linkin Park


Obs. Peço que me desculpem pela falta de tempo em comentar a todos blogs sempre queridos.


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