Talvez de fato, algo bom não se repita.
Talvez de fato, não se vivencie grande amor duas vezes em uma mesma vida.
Talvez e tão somente talvez, não se sinta falta de alguém por uma vida inteira.
Assim, regado a tantas incertezas, resiste a esperança.
Esperança que não se define, tampouco se toca.
Sentimento que fere, mas que também nos cura a alma.
Se acreditar, piamente que um grande amor não se repete.
Seria então único.
E se em verdade é único, então um dia há de regressar.
Hoje, estranhamente me vi envolvido em angústia.
Estas avassaladoras, que te impulsionam a mente e vertem em lágrimas.
Levada aos extremos e forrada de lembranças.
De momentos únicos que talvez nunca se repitam.
Momentos que em uma vida são incapazes de serem repostas.
Momentos que jamais em uma vida poderão ser esquecidas.
Tal como se define um grande amor.
Que nunca se repete e tão pouco se troca.
Assim, acometido de lembranças.
O corpo inerte tenta repousar em vão.
Pois o espírito inquieto vagueia em busca de respostas.
Mas que respostas haveria de se ter?
Se não, que os momentos únicos são tão somente únicos.
Imutáveis, tal como insubstituíveis.
A angústia não cessa.
Tão pouco cessa a dor.
Alimentando meu ser;
Tal como há alimentado o amor.
Assim sendo, que me resta?
Além de me acomodar e esperar.
Contemplar este pôr do Sol.
Enquanto aguardo tal amor regressar.
H²K 09/02/2010 – 02h36