"Selos Recebidos"

sábado, 26 de janeiro de 2013

"Chove Demorado"




Chove demorado
Chove um tanto calmo
A calmaria das gotas não assusta

Mas quando as águas cessam
Nota-se o resultado, antes mesmo que se despeçam

Por onde passa, desfaz a dureza
A terra petrificada agora macia se desfaz com leveza 
Raízes a ela invadem
Dando chance à vida que renasce

Quem dera a chuva penetrasse corações
Aqueles petrificados de tantas duras emoções

E ao cessar, que restasse apenas maciez
Que regasse a carne árida e livrasse o de sua rigidez

Permitindo nova vida em sua extensão
Dilacerando dores e à alegria desse vazão

Quem dera às lágrimas regassem a alma
Ao invés de nos doer causando falsa calma

Quem dera a chuva tão calma
Purificasse o coração e libertasse a alma

Chove demorado
Chove em dia claro
Coração petrificado
Por que simplesmente não aparece 
E se permita enfim novamente ser amado

H²K




2 comentários:

  1. Se alguém quiser saber como eu me sinto, basta pensar na chuva, escutar os trovões e sentir o impacto furioso dos raios. Gostei do seu poema.

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  2. Na natureza e na vida há tempo de plantio e de colheita. Até os corações aparentemente fechados um dia resolvem se abrir, diante de uma pequena centelha. Bjs.

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