Chove demorado
Chove um tanto calmo
A calmaria das gotas não assusta
Mas quando as águas cessam
Nota-se o resultado, antes mesmo que se despeçam
Por onde passa, desfaz a dureza
A terra petrificada agora macia se desfaz com leveza
Raízes a ela invadem
Dando chance à vida que renasce
Quem dera a chuva penetrasse corações
Aqueles petrificados de tantas duras emoções
E ao cessar, que restasse apenas maciez
Que regasse a carne árida e livrasse o de sua rigidez
Permitindo nova vida em sua extensão
Dilacerando dores e à alegria desse vazão
Quem dera às lágrimas regassem a alma
Ao invés de nos doer causando falsa calma
Quem dera a chuva tão calma
Purificasse o coração e libertasse a alma
Chove demorado
Chove em dia claro
Coração petrificado
Por que simplesmente não aparece
E se permita enfim novamente ser amado
H²K
Se alguém quiser saber como eu me sinto, basta pensar na chuva, escutar os trovões e sentir o impacto furioso dos raios. Gostei do seu poema.
ResponderExcluirNa natureza e na vida há tempo de plantio e de colheita. Até os corações aparentemente fechados um dia resolvem se abrir, diante de uma pequena centelha. Bjs.
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