As vezes pessoas pelas quais possuímos enorme apreço, parecem um punhado de areia em nossas mãos. Ou talvez o sentimento que desejamos eternizar sobre um certo alguém.
Trata-se de uma atitude vezes consciente e vezes inconsciente, inconsciente em sua maior parte.
O apreço que temos pelo sentimento, que se reflete sem dúvida alguma, a uma pessoa que temos ou desejamos que seja muito mais que amigo(a).
Um sentimento de bem querer. de cuidar e vezes de querer possuir.
Este é momento em que se pode fazer um comparativo, entre o punhado de areia e a "pessoa" que desejamos ter ao nosso lado.
Faça o teste, pegue um punhado de areia... tente apertar este punhado que se encontra em sua mão, a fim de prendê-lo.
Irá perceber que quanto mais aperta este punhado, mais ele se esvai por entre os dedos. Se por outro lado deixar a palma da mão estendida, o vento se encarrega de levá-lo pouco a pouco.
Então qual seria a solução para que este punhado de areia permaneça em sua mão?
Fazendo-se um "ninho" onde possa acomodar o punhado de areia, a fim de que o vento não o leve e nem a pressão o repudie.
Desta forma podemos com facilidade "enxergar" a situação, enxergar pois atribuí-la às nossas vidas é demasiado complicado, aqui cabe o jargão: "faça o que digo, jamais o que faço".
Uma pessoa me dizia isso com certa freqüência, no entanto não conseguia visualizar ou entender a "pressão" que poderia estar exercendo sobre ela. Hoje, entendo de forma mais clara o comparativo feito por esta em dado momento.
Tal como a história das borboletas, para que visitem sempre o jardim, apesar do nosso desejo de tê-las sempre sobrevoando, não as podemos prender.
Então, fazemos o que podemos, cuidando de nosso jardim.
Levamos tempo para aprender a engatinhar, andar e a viver. Mas nem toda a vida é capaz de nos transformar em Phd's em relacionamentos com nosso semelhante.
Aprendemos dia após dia um pouco mais, mas jamais o que poderia se dizer suficiente. Se somos capazes de surpreendermo-nos com atitudes próprias, quem dirá saber qual será a ação ou atitude que será tomada por outra pessoa.
Não existe um remédio em prateleiras de farmácia que irão curar uma saudade, tampouco aquele indicado para mágoas.
No entanto, existe sim nosso próprio consciente, a nossa dose diária de amor próprio.
Que muitas vezes esquecemos de tomar, por estarmos demasiadamente ocupados em ministrar o amor dedicado a outrem.
Não sabia enxergar a metade cheia do copo, até me deparar com a situação que vivo hoje, mas vou ainda além de compreender isso tudo, pois a metade vazia inexiste à minha vista.
"O ser humano esta tão preocupado em fazer a máquina se parecer com ele, que não percebe o quão se assemelha a ela"
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