Há como conheço esta dor chamada saudade
Tenho dela cicatrizes e posso falar com propriedade
Em sua maioria causa extrema dor
Em outras apenas nos relembra o amor
Mas esta que invade meu ser em constante
Não é a saudade de algo apenas distante
Ela vem dilacerando, consumindo
E meu ser sucumbindo quase sumindo
É a saudade daquilo que não se teve
Saúda um amor que se reteve
Dadas as circunstâncias
Não a falta de substâncias
Consumido pelo próprio sentido
A saudade do amor não consumido
A falta do abraço que não se tem
O amor que se tem sem se ter a quem
O racionalismo sendo vitorioso
Dizendo: Avisei-lhe para ser mais virtuoso
Não ter no amor suas rédeas
Mas racionalizá-lo para não sofrer com perdas
Enfim, talvez esteja com a razão
Que não se deve à emoção dar se vazão
Quando assim o faz, se entrega com exatidão
Mas se assim o faz tem da saudade sofreguidão
Talvez seja este em exato
Momento em que a dor serve-se em gélido prato
Momento de optar
Do amor simplesmente ocultar
Da razão ser mandatória
Aprender que pela emoção não se tem vitória
Vou me despedindo aos poucos do que sou
Deixar nascer uma semente que se plantou
Deixar a selva de pedra se formar
Aprender que apenas se machuca se amar
Deixar a face se tornar avarenta
Para o coração não mais sucumbir em tormenta
Despedir-se do que se foi até então
Para nascer um, a quem não dominado em emoção
Deixar brotar a flor cinzenta
Num coração que se cansou de tanta tormenta
Agradeço imensamente todos que acompanharam "Profundo Pensar", que esta última folha pouse de maneira tenra e sublime.
Muito obrigado aos amigos (as) que surgiram em minha vida, ao qual sei que poderemos manter todo o contato necessário atráves de e-mail's.
Mas sinto em meu íntimo que devo deixar estes espaços, talvez uma evolução que já seja demasiada tardia.
Beijos e Abraços a todos.