Na selva de pedra onde alguns caçam
Sou inútil por não possuir armas que o façam
Sou feito olheiro em meio às brumas
Mero telespectador ali meio às escuras
Observador de olhares ocultos
Tento laçar os pensamentos desnudos
E novamente inutilmente
Pois na vida não aprendi a ler mentes
Observador que sou
Cabe a mim o que de tudo restou
A lembrança de um olhar passageiro
Que faço regresso e o relembro ligeiro
Das armas que tenho
São elas, as palavras que curam meu anseio
Um lápis e um papel
As armas que eternizam um sentimento fiel
H²K