Amor hoje amanheci com tanto frio
Queria não ter de sair do aconchego
Ficar mais um bocado e em seu corpo encontrar sossego
Será que deseja o mesmo que eu?
Ficarmos quietinhos quentinhos, sentindo o quanto sou seu.
Amor o vento passa feito navalha
Corta a pele transpassa a malha
Como faço para desejar tanto seu abraço
Sei que junto ao seu corpo esvai-se todo e qualquer cansaço
Quanto tempo mais este dia demora?
Quero voltar para casa, ir logo embora
Abrir a porta, e vê-la sorrir
Partir em direção a seus braços vê-los abrir
Beijar-te como se não a beijasse por anos
Acariciar sua nuca deixar que desvende meus planos
Com as mãos lhe segurando pela cintura
Vou lhe guiando ao ninho, para dar-te toda candura
Quem dera meu amor, estas palavras me levassem
Tirasse-me daqui, e para junta a ti retornasse
Aquecer meu corpo e acalorar todo o seu
Amar-te até o anoitecer doando-te o corpo meu
Ao amanhecer, não deixar o aconchego do nosso ninho
Amar-te novamente em disparate repousar em desalinho
Que frio pode me cortar se estou agora tão somente a te amar
Nenhum vento pode me atormentar, junto a você não tem como esfriar
Agora uma mensagem
Que reduz esta estiagem
Adoro este seu jeito de palavrear
Que só aumenta ainda mais o desejo de versar