Confesso, tenho pensado em demasia.
A saudade, tem sim mostrado sua maestria.
Fazendo a pobre mente reviver o que fora um dia nostalgia.
Quisera uma mente ou o coração fugaz.
Mas a lembrança tem sido ainda mais audaz.
Brinca com a mente de modo perspicaz
Mesmo relutante, imagens e palavras
Odores e por vezes as próprias flores
Fazem-me tremer e doer as próprias entranhas.
Não se trata de um tempo
Afinal, que tempo tem mais tempo para o coração sedento?
Que hora é mais acertada quando o coração se fere por dentro?
Não existe hora, tampouco existe o tempo
Não existe nada que dissemine um pensamento
Não quando o amor nasceu de dentro.
Seja passado ou presente
Futuro ou mesmo crença descrente
A lembrança é clara e tornara-me demente
Um pensamento passado
Que fez do próprio fim tempo findado
Pensamento constante de lhe ter a meu lado.
Lembrança ou mero pensamento?
Pensa aquele que pelo amor fora açoitado.