"Selos Recebidos"

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

"Perdido"



Vim até aqui me perder
E não para me encontrar
Vim até aqui me desfazer
E não para me reconciliar

Sou perdido no tempo
E desprovido dele mesmo
Alguém que de tanto amar
Talvez nem queira mais tentar

Acho que vim para me abstrair
E talvez deixar de sentir
Vim por não saber onde ir
E quem sabe lembrar como sorrir

Fato que esqueci dos prantos
Mas sou feito assim de muitos mantos
Tanto aqui  procurei
Que ao fim me perdi, não me encontrei

Ao fim de tudo ainda escrevi
Quando o que queria era sumir
Ou talvez deva sempre escrever
Já que ao fim de tudo isso é o que me faz esquecer...


Não tente interpretar
Nem tampouco entender
São palavras que surgiram
Sem nem mesmo saber por quê.


quarta-feira, 18 de abril de 2012

"Dos Amores"






Já tive de esquecer amores
Já tive de deixar muitas dores
Já errei em demasia
Já me arrependi de erros em maestria

Amores,
Tantos amores inesquecíveis
E contra vontade impossíveis
Amores que deixei passar
Amores que me permiti deixar

A vida nos ensina
E por vezes mais parece ser sina
Amamos por demais
E sofremos ainda mais

Na verdade nada mais são que passagens
Passagens que na memória se tornam imagens
Um filme em preto e branco
Um ou mais amores que tivemos estanco

Amores vividos
Amores partidos
Amores que virão
Amores que não sabemos se quer quem são

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

"Abandono"



Já não sei dedilhar sentimentos
Já não sei dos tenros momentos
Talvez, seja meramente prática
Ou talvez das sombras nova mágica

Em verdade sentimos em demasia
Por vezes, navegamos em maresia
Guiados pelo instinto não visto
Buscamos por um amor benquisto

Contudo, na prática de não praticar
Esquecemo-nos da singeleza de amar
Viciados na proteção constante
Abstemo-nos do amor em sua toante

Assim vazio tal qual seria uma canção
A orquestra que toca sem coração
Um violino afinadíssimo sem violinista
Um corpo sedento, sem alma benquista

Assim o navegante absteve-se
Deixou seu barco seguir só em frente
Observou sua triste e necessária partida
Navegante que não navega perdeu-se do Mar, sua única amiga

Sonhador prepotente
Achava que seu seria o poente
Agora desperto em desespero
Nota que nunca teve amor sincero para seu alento

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