"Selos Recebidos"

quarta-feira, 29 de junho de 2011

"Aquece-me"


Amor hoje amanheci com tanto frio
Queria não ter de sair do aconchego
Ficar mais um bocado e em seu corpo encontrar sossego
Será que deseja o mesmo que eu?
Ficarmos quietinhos quentinhos, sentindo o quanto sou seu.

Amor o vento passa feito navalha
Corta a pele transpassa a malha
Como faço para desejar tanto seu abraço
Sei que junto ao seu corpo esvai-se todo e qualquer cansaço

Quanto tempo mais este dia demora?
Quero voltar para casa, ir logo embora
Abrir a porta, e vê-la sorrir
Partir em direção a seus braços vê-los abrir

Beijar-te como se não a beijasse por anos
Acariciar sua nuca deixar que desvende meus planos
Com as mãos lhe segurando pela cintura
Vou lhe guiando ao ninho, para dar-te toda candura

Quem dera meu amor, estas palavras me levassem
Tirasse-me daqui, e para junta a ti retornasse
Aquecer meu corpo e acalorar todo o seu
Amar-te até o anoitecer doando-te o corpo meu

Ao amanhecer, não deixar o aconchego do nosso ninho
Amar-te novamente em disparate repousar em desalinho
Que frio pode me cortar se estou agora tão somente a te amar
Nenhum vento pode me atormentar, junto a você não tem como esfriar

Agora uma mensagem
Que reduz esta estiagem
Adoro este seu jeito de palavrear
Que só aumenta ainda mais o desejo de versar


terça-feira, 28 de junho de 2011

"Sublimação"

Sublimação
Vazão

Sublimam-se
Esvaem-se
Desaparecem-se

Sublimar
Calar
Deixar Passar
...
Me acabei!


segunda-feira, 27 de junho de 2011

"Enamorado"


Acredito que dentre minhas idas e vindas nesta lida
Tenho medo apenas de uma única situação na vida
Amar sozinho, sonhar sozinho ou acreditar em vão
Nem as cicatrizes que tenho privam-me desta opressão

Poderia sucumbir vivendo apenas a mim mesmo
Seguir meus passos sem sentimento, viver a esmo
Sei que sou nascido para amar, e em inteiro me doar
Cultivar o amor com afinco, vê-lo crescer sem tê-lo de atar

Vivo hoje um sentimento sem igual, inexplicável por sinal
Adormeço acometido por ele, e desperto por ele em igual
Em verdade se difere a cada dia, sempre com nova energia
Sentido crescente que aos olhos mais se assemelha a magia

Mágica de estar-se enamorado, de saber que amei antes de estar apaixonado
Uma situação completamente inusitada, que me deixara assim atordoado
E nesta doce entrega que se faz meu guia, por não ter do sentimento as rédeas
Não limito palavras, tampouco a nostalgia para falar deste amor não quero tréguas

Sou apenas navegante deste seu Mar
Sou apenas um novato nesta forma de pensar
Quero junto a ti um Mundo novo recriar
Pois me fez renascer nesta forma que tenho de te amar







quarta-feira, 22 de junho de 2011

"Tecendo a Vida"


Quem sou se não este a que sonha, a razão atordoa e ao amor se afeiçoa
Quem mais poderia ser, se não este que deseja ver o amor crescer

Não sou nada além de mero sonhador, que não se rende mesmo afogado em dor
Vezes até tento me enganar, provar que não nascera para amar

Mas tão logo a tormenta cesse, o calor novamente apetece
Me encontro brindado a vida, e o amor novamente me convida

Sou assim feito aos defeitos, dentre eles este a que carrego no peito
De se entregar em demasia, amar sem a menor maestria doando-me com euforia

Assim destes retalhos que jamais se desfazem, até se rasgam mas logo se perfazem
Sigo a vida adiante, sem desejar o futuro distante apenas o presente e seu instante

Vezes moldado por inúmeras cicatrizes, incontáveis matizes, as minhas raízes
Assim vou amando, sempre me entregando e sem contestar me doando

Nas palavras encontro certo abrigo, talvez um certo exílio
Elas não me contestam pelo que sou, traduzem apenas ao que me dou

Em momentos lágrimas que mais parecem ser infindáveis
Sentimentos que a este a que escreve serão eternamente incontestáveis

E no momento em que discorro destas palavras
Digo apenas que amo sem medidas e sempre sem amarras.

"Não moldo minha vida, ela é quem molda o meu viver..."







domingo, 19 de junho de 2011

"Não desistir"


Existem dias que tudo parece desabar em nossas cabeças
Uma série de problemas e juntamente a elas as desavenças
Momento em que nada parece ter algum sentido
Quando todo esforço se torna algo desmerecido

As noites que a insônia atormenta
Criando na mente enorme tormenta
Momento em que estamos distantes de ser boa companhia
Não somos bons conselheiros temos problemas em demasia

Então pensamos sucumbir em meio a esta escuridão
Nada parece apetecer tampouco a solidão
Uma mescla de raiva e pena de si próprio
Sentimento pequeno que sabemos ser impróprio

E em meio a tanta descrença
Um sorriso nos lábios faz toda diferença
A palavra singela de quem lhe quer bem
Mesmo distante diz lhe querer também

O Sol que lá estava sem dar brilho algum
Volta a brilhar mostrando um espetáculo incomum
Esta ali diante de ti, todos os dias de sua vida
Mas esta preocupado em demasia com os problemas da lida

E esquece, que se esta vivo tudo pode-se transformar
Nenhum problema permanece, se ainda pode lutar
Cabe lembrar que as rédeas estão em nossas mãos
Mesmo que a vida nos mostre milhares de ante-mãos




sexta-feira, 17 de junho de 2011

"Minha Correnteza chamada Vida"



Prefiro ainda ser a pequenina pedra
Que a grande rocha que apenas observa
Serei levado pela corrente, e enfrentarei corredeiras
Serei exposto à margem mas não me contento em viver das beiras

Me deixarei ser levado conforme a correnteza
Deixarei que a vida tire toda esta minha aspereza
Vezes ficarei preso em fendas
Mas logo serei liberto e as águas me levarão às sendas

A vida é demasiada curta para tentar entender as falhas
O tempo demasiado curto para se dedicar-se em mortalhas
Portanto, prefiro ser pequenina pedra
Que corre junto à correnteza, mas que a vida jamais deserda

Que esta correnteza o qual chamo de vida
Não se seque tampouco a mim permita
Estancar feito pedra grande
Que apenas observa, mas ao horizonte nunca expande

Permito-me viver e buscar o que hoje meu braços não abraçam
E quando estes braços meus abraçarem a quem tanto desejam
De mãos dadas abraçaremos tudo mais que nossas almas anseiam






domingo, 12 de junho de 2011

"Menino"


A menino que fora em infância tão desinibido.
Demonstrava afeto ao toque, em seu abraço sem retoque.
Gostava das mãos dadas, como se elas propiciassem segurança a quem dava.
A menino que se espelhou nos grandes amores.
Deu sentido ao sentido próprio, admirado pelos romances aos redores.
Hoje o menino de outrora que de menino guarda apenas o sonho.
Sonha com o amor desinteressado aquele que deixa o dia risonho.
O menino que na adolescência provou da indolência.
Sofreu diante a indiferença, e sangrou sem sangrar deixando o amor em sonolência.
Guardou dentro do peito, sentimento sedento.
Que apenas observava como na vida o amor perdera seu belo intento.
Verteu lágrimas ainda antes de desfrutar do amor.
Prometeu não sentir mais nada, diante de tanta dor.
E o menino crente que na adolescência se permitiu descrente.
Tornara se homem, e somente agora crê no amor e em sua semente.
Aquela plantada em tenra idade, que tivera seus frutos secos ainda em puberdade.
Que hoje após tantos anos, cresce dentro do peito apaixonado em plena liberdade.
A menino que perdera sua fé no amor com tão pouca idade.
Hoje homem, desfruta do amor os frutos mais sulcados e também sua ansiedade.
Anseia feito criança pequena, e como criança demonstra sem fazer cena.
Linda mulher dos olhos claros e cabelos anelados.
Deu a este homem o sabor do amor, que em tenra idade fora amputado.
Doce dama que dança nesta mente, fez enfim dar frutos a uma antiga semente.  
Obrigado por salvar aquilo que de alma alguma devia se fazer perdido.
Obrigado por salvar a alma e o coração deste ainda menino.

"Quando o amor é anunciado, volta-se a ser criança. 
Este sim deveria ser nosso legado"






sábado, 11 de junho de 2011

"Navegante"



Navegante de águas calmas e cristalinas
Escrevia sobre amor e na proa criava rimas
Águas feitas em lençol, não repudiava a embarcação
Divagava sobre o que não possuía, assim moldado pela razão

Belo dia ensolarado, acometido por pensamentos
De certo uma garrafa que viajava e trazia nela sentimentos
Assim o navegante se reconhece na palavra descrita
E sente que neste porto distante pode reencontrar vida

Desiste das águas calmas, e parte em rumo ao desconhecido
Mesmo diante do temeroso, enfrenta o Mar e encara seu rugido
Enfrenta tormentas e tempestades, a fim de estancar uma saudade
A saudade dos infindáveis dias, do sentimento que teve apenas em tenra idade

Logo ao iniciar de sua viagem, tem do Mar seu estado revolto
Correm lágrimas de sua face e pensa em desistir, diante ao desconforto
Que sentimento pode assim nascer e findar-se ante a um começo
E assim feito mágica o céu se abre, o Mar se acalma e reconhece seu apreço

Assim o navegante retoma sua viagem, mesmo sem conhecer a trajetória
Sente com extrema exatidão os sentidos que lhe permeiam a memória
As palavras que o acenderam no passado, o aquece em noites frias
Vislumbra estar logo ancorado e ao lado de sua amada relembrar travessias

Mas repentinamente e durante um tenro devaneio
É acometido por uma névoa que diante dos olhos lhe causa anseio
Teme se perder em meio a escuridão, e não mais encontrar seu porto
Agoniza-se por sentir uma possível perda, a ausência de seu esperado conforto

O navegante se assenta, assustado por sentir calar-se o chamado
O desejo desperto, parece disperso seu ritmo parece agora abalado
Se vê diante de uma escolha que aterroriza a mente, perfura o coração
Desistir desta busca inquietante, ou aceitar que talvez possa navegar em vão

Passa o dia sem tocar novamente em seu timão
Pergunta aos sete mares o por que de tamanha sofreguidão
Nada resulta de seus questionamentos, apenas o silencio ensurdecedor
O pescador que nada pescava, insultava-se diante de tamanha sua dor

Repudiava seu sentido e se culpava por navegar em busca ao desconhecido
Relembra seus dias deitado na proa, falando do amor que um dia o fez embrutecido
Diante da imensidão do Mar, via a um palmo apenas a névoa a lhe circundar
E na inércia de suas certezas, a única certeza que tinha era a de poder naufragar

De pé sobre a popa seus olhos se perdem ao imaginar o quanto havia navegado
Lembra dos sentidos aflorados, do amor que sempre se proclamou acalentado
Cabisbaixo seu pensar se perde dentro de si mesmo
Que vale a vida se esta ter sido vivida apenas a esmo

Enche os pulmões de ar
Sabe que sua força provem do dom de amar
Retoma sua posição diante ao timão
Seja o que Deus quiser, pois hei de seguir a bússola deste coração

"Se haverá porto ou não quando finalmente atracar
Sei que a viagem não temi, pois amei logo ao iniciar
Não naveguei em busca de um simples ideal
Abandonei a calmaria, para ter em vida o amor real"


"...Continuo a navegar, na busca deste porto distante, e continuo tão somente por desejar-lhe amar..."



sexta-feira, 10 de junho de 2011

"Certezas"


Se o próprio Mundo já nos é demasiado volúvel
Como poderia ter uma certeza insolúvel?

Certo de como a vida é inconstante
Como posso certificar-me da vida em constante

A verdade é que não posso ter certezas como estas
Ou de que a vida será longa, e que nela não teremos arestas

Não posso te dar a certeza de que seremos felizes em eterno
Mas posso te dar a certeza deste sentimento por ti sempre terno

Não posso ter certeza de que, sejamos o casal perfeição
Mas posso te dar a certeza de que sempre terá minha afeição

Não posso ter a certeza de que nunca iremos brigar
Mas posso te dar a certeza que farei de tudo para conciliar

Não posso te dar a certeza de um lar ostentoso
Mas posso te dar a certeza que este será sempre afetuoso

Enfim, estas são as certezas que posso lhe dar
Ela quem me invade e me sustenta em ficar
Tão somente por ter esta certeza de lhe amar

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Certezas por: Mário Quintana

Certezas

Não quero alguém que morra de amor por mim…
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo,
quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim…
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível…
E que esse momento será inesquecível..
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre…
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém…
e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos,
que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras,
alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho…
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons
sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente
importa, que é meu sentimento… e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca
cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter
forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe…
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia,
e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos,
talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas…
Que a esperança nunca me pareça um “não” que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como “sim”.
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder
dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim,
sem ter de me preocupar com terceiros…
Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas,
que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim…
e que valeu a pena.
Mário Quintana




terça-feira, 7 de junho de 2011

"Areia"


As vezes pessoas pelas quais possuímos enorme apreço, parecem um punhado de areia em nossas mãos. Ou talvez o sentimento que desejamos eternizar sobre um certo alguém.

Trata-se de uma atitude vezes consciente e vezes inconsciente, inconsciente em sua maior parte.
O apreço que temos pelo sentimento, que se reflete sem dúvida alguma, a uma pessoa que temos ou desejamos que seja muito mais que amigo(a).

Um sentimento de bem querer. de cuidar e vezes de querer possuir.

Este é momento em que se pode fazer um comparativo, entre o punhado de areia e a "pessoa" que desejamos ter ao nosso lado.

Faça o teste, pegue um punhado de areia... tente apertar este punhado que se encontra em sua mão, a fim de prendê-lo.
Irá perceber que quanto mais aperta este punhado, mais ele se esvai por entre os dedos. Se por outro lado deixar a palma da mão estendida, o vento se encarrega de levá-lo pouco a pouco.  
Então qual seria a solução para que este punhado de areia permaneça em sua mão?
Fazendo-se um "ninho" onde possa acomodar o punhado de areia, a fim de que o vento não o leve e nem a pressão o repudie.

Desta forma podemos com facilidade "enxergar" a situação, enxergar pois atribuí-la às nossas vidas é demasiado complicado, aqui cabe o jargão: "faça o que digo, jamais o que faço".

Uma pessoa me dizia isso com certa freqüência, no entanto não conseguia visualizar ou entender a "pressão" que poderia estar exercendo sobre ela. Hoje, entendo de forma mais clara o comparativo feito por esta em dado momento.
 Tal como a história das borboletas, para que visitem sempre o jardim, apesar do nosso desejo de tê-las sempre sobrevoando, não as podemos prender.
Então, fazemos o que podemos, cuidando de nosso jardim.

Levamos tempo para aprender a engatinhar, andar e a viver. Mas nem toda a vida é capaz de nos transformar em Phd's em relacionamentos com nosso semelhante.
Aprendemos dia após dia um pouco mais, mas jamais o que poderia se dizer suficiente. Se somos capazes de surpreendermo-nos com atitudes próprias, quem dirá saber qual será a ação ou atitude que será tomada por outra pessoa.

Não existe um remédio em prateleiras de farmácia que irão curar uma saudade, tampouco aquele indicado para mágoas.
No entanto, existe sim nosso próprio consciente, a nossa dose diária de amor próprio.
Que muitas vezes esquecemos de tomar, por estarmos demasiadamente ocupados em ministrar o  amor dedicado a outrem.


Não sabia enxergar a metade cheia do copo, até me deparar com a situação que vivo hoje, mas vou ainda além de compreender isso tudo, pois a metade vazia inexiste à minha vista.

"O ser humano esta tão preocupado em fazer a máquina se parecer com ele, que não percebe o quão se assemelha a ela"




sábado, 4 de junho de 2011

"O coração Resgatado"



Resgata um certo amante com este seu jeito
Encontra flores neste deserto de outrora, graças a seu feito
Trabalha a terra árida com seu carinho
Abranda a dureza dela com este tenro jeitinho
Logo gerando flores onde nada mais florescia
Hoje provem frutos que antes não mais existia
Onde agora caminha, encontra então muita vida
Saciou a terra de sua sede, dando novo amor a sua lida

Doou sentimento a este coração que o tinha estarrecido
Orando em cânticos poéticos reestruturou coração partido

Quando quase não mais batia, surgiu e recriou a poesia
Uma palavra, um pensamento o querer agora em demasia
Estando agora repleto de vida, quer ter contigo toda magia

Sedento por desejar seus afagos
Orienta-se conforme seus sentidos antes apagados
Um ultraje à escuridão, diante de sua luz se faz teu em inteiro este meu coração.





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