"Selos Recebidos"

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

"A Criança em Mim"



Hoje uma criança adormece temerosa
Teme que o dia de amanhã a vida deixe de lhe ser saborosa
Reluta dentro de sua memória, vislumbra momentos de glória
É criança repetente, pois do amor já tivera ferida latente
É ainda criança teimosa, acredita que um dia ele e o amor farão prosa
Versarão dos tempos de saudade, e também de uma tal liberdade
A liberdade que possuía mas que acima de tudo dividir a queria

Pois tal criança perdidamente apaixonada não via a hora do amor e sua chegada
Irão então prosear junto à amizade, que de certo merece a majestade
Amizade de longa data que fica quando um amor se apaga
A amizade que acompanha quando um novo amor anuncia chegada

Mas então por que a criança se sente assim medrosa?

É por que teme que a espera pelo amor seja demasiada demorada
E quando a luz da candeia se apagar, sabe que é a solidão quem vem se deitar
E tal como a vida deve prosseguir, seu tronco dia-a-dia irá se retrair

E recoberto em cascas e musgos,  pouco notará o amanhecer
Feito tronco de árvore que não mais sente o orvalho lhe apetecer
E tardiamente sente o Sol que estivera ali a lhe aquecer

Dorme criança temerosa
Mas faça prece para que um amor venha junto à aurora


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

"Cruisin"




Vidas se encontram
Vidas se separam

Vidas outras nascem
Vidas outras padecem

E no fim se entende que a vida é um ciclo
De pessoas que renovam e movimentam este epiciclo

Muitos por nossas vidas passarão
Outras tantas a deixarão

Algumas com ar de derradeiras
Outras tão somente passageiras

Lembranças serão eternizadas
Outras pouco lembradas

Haverá revolta em se estar vivo
Tal como haverá graça enquanto na vida estar ativo

Alguns amores fugazes e efêmeros
Paixões alucinantes brindadas a exageros

Mas de certo, um certo amor permanecerá
E este posto em seu lugar ficará

E quando este dia chegar
Iremos com clareza notar

Que dentre tantas idas e vindas
Tantas quedas e subidas

A amizade sempre esteve a seu lado
Sem nada pedir ou mesmo ser adulado

Pois durante a saudade
O amor se fizera lágrima e alimentara a amizade

"Let the music, take your mind

Just release and you will find


You're gonna fly away

I'm glad you're going my way
I love it, when we're cruising together


The music is played for love,

Cruising is made for love
I love it, when we're cruising together"





quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

"Meu Mundo Imaginário"



Voltando a meu Mundo de outrora.
Lhe observo sorridente, mas desconsolada pela demora.
Estou aqui, novamente presente.
E os beijos não mais se farão ausentes


Vamos deitar à luz deste belo Luar
Despirmo-nos do que somos e apenas amar.
Quero beijar teus lábios com ternura
Amanhecer a teu lado com candura


Vamos nos amar ferozmente
Suar de forma eloqüente
Vamos atravessar as horas
Amarmo-nos sem mais demora


Estou aqui, novamente presente
Os beijos não mais se farão ausentes


Estou aqui, novamente presente
Neste Mundo criado apenas em minha mente.




quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

"Passado, Presente, Descrente"




Feliz é o poeta, que tem o dom de estancar suas lágrimas ou mesmo teu saudosismo em cânticos e poemas.
"Fazendo da caneta vossa espada e das palavras tua própria vida."
A escrita talvez não lhe prive a dor, mas certamente traz certo alento a ela.
Falar de amor é demasiado fácil, mas sobreviver à dor quando este mesmo amor é póstumo é que nos causa incrível torpor.
Tentar transcrever tais sentidos, em palavras de certo louvor não é tarefa fácil, não para quem de fato se entregara em verdade.
Para uns tantos tudo se torna lembrança de uma passado, para outros uma cicatriz sempre aberta, que sangra em noites feito esta.


"Desejo lhe falar meu grande amor
Esta tua ausência é e tem sido meu torpor

Sou feito escravo da lembrança
Pois fora em teus lábios que encontrara temperança

Dei fim a todos retratos
Do nosso álbum não sobrara sequer pedaços

No entanto, de que me adiantou
Se em minha memória sua partida adiou

O ontem se tornara passado
E hoje não mais tenho a ti, meu regalo.

Tampouco irei ter te novamente a meu lado.
Assim talvez, até sobre futuro
tenha me desinteressado em demasiado"





Desculpem pela falta de tempo em visitá-los e em comentar.


domingo, 13 de fevereiro de 2011

"O Sentimento é Imutável"




Quando de fato uma relação de amor tem seu fim?
Quando um amor se esvai por completo?
Acredito ou desejo acreditar que um grande amor jamais se esvai.
Nunca se acaba, apenas adormece e renasce em momento posterior. (Claro que por vezes leva-se muito tempo, mas renasce sim)
Apesar de na poesia se eternizar uma a quem amada, na verdade apenas estamos semeando um sentimento, cuja a "casca" que antecede seu florescimento possuí as feições desta qual adorada.
Filmes, histórias ou cantos de amor tendem a nos alimentar à enganação. Imputando em nossas mentes a possibilidade de um reencontro, a busca do sentimento quase esquecido, quase pois em lembranças temos seu tão adocicado sabor, sua tão saudosa presença.
E assim, diante de tantas "possibilidades" que vislumbram os olhos, nos acorrentamos a um passado mais próximo.
Nos prendemos em um último momento próspero.
Esquecemos de viver o próprio presente e deduzimos que o "amor" não se fará novamente presente.
E por se estar convencido desta possibilidade, afastamos a todas as formas reais de possibilidades. A chance de permitir o amor novamente florescer.
Este amor que mantemos encubado, regado a lágrimas salgadas.
Lágrimas das águas que a muito já passaram.
Portanto cuidado, cuidado para não se embriagar pela vida criada em uma mente, uma esperança e depois transformada em estória, filmes ou contos.
Saudemos as faces cujo amor já teve, mas lembremos de admirá-lo em novas flores.

"O sentimento é imutável, mas sua beleza sempre se transforma"






sábado, 12 de fevereiro de 2011

"Do Saudosismo"




Quanto valorizamos um simples abraço?
Quão saudoso pode ser um simples afago?
Mas quem é saudoso sabe, que não saúda um qualquer abraço, 
não lhe cabe um qualquer afago.
Aquele que saúda, quer e deseja algo sincero, uma abraço de almas, 
o afago com toque dos Deuses.
Não se trata de atracar-se com uma qualquer, ele deseja aquilo que todos deveriam ter
e claro a outros proporcionar.
Ele saúda sentimento honesto, de um amor sincero.
O abraço das almas, o afago abençoado pelos Deuses.

E no fim, apenas lhe confere o saudosismo...





sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

"Seu pior Pesadelo"



Sou lembrança passada, pois fora tudo o que restou.
Sou sentimento vivido, amor estarrecido uma verdade que passou.
Me fizera aluno de seu deleite, escravo do seu apetecer
E hoje me vejo demente por ter acreditado naquilo que jamais poderia ter

Contudo, animal hoje acuado e agora em lembrança transformado
Permito-me ser seu pior pesadelo e dentre todos o mais conturbado
Serei eu a profanar-lhe o sono, e logo verás que não tenho um rosto
Tive a verdade roubada, ou talvez por mentira ela fora deturpada
Tive o amor incandescente que se fizera congelar diante da mentira entoada

Me dera doces momentos, mas transformara todos neste amargo presente
Serei então o teu sofrimento mais gélido, em seu pesadelo pesada corrente
Lhe prenderei em grilhões e permanecerá estarrecida em sono profundo
Não despertarás mesmo de olhos abertos, pois estarei presente em sua memória por certo

Na noite de mais belo Luar, serei lágrimas a lhe perturbar
Nos dias mais claros, aborrecimentos em sua mente a retumbar
Não se livrarás de mim, tampouco encontrará cura para me cessar
Serei então diretriz dos seus pesadelos, e jamais irei lhe deixar



terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

"Rascunho ou apenas Rascunhando"



Me perco me acho, me desfaço me apeteço ou desvaneço.

Me redescubro, novamente me abro, me fecho na busca dum desfecho.
Sou nostalgia exatidão, vezes vilão de um pobre coração.
Amo demasiado, procuro sempre estar ao lado da loucura e insensatez de um homem apaixonado.

Me faço aventureiro, vezes perdigueiro ou vagabundo e da mentira herdeiro.
Pois luto pelo que acredito, e acabo acreditando em devaneio,  pois nem todos acreditam  entregando-se por inteiro.
Não busco metade tampouco complexidade, visto que o amor se faz companheiro.
Nenhuma mentira mesmo descabida, em um momento concebida não cabe mesmo que em comida.

Pois desta não mais engulo, não quero perder o prumo e nem me ter novamente sozinho no escuro.
Desejo claridade, vivacidade e amor feito em verdade.
Não desejo loucuras apaixonadas que vêem feito jorradas e se acabam como fossem jornadas.
Quero amor competente, que me aflija os dentes e me faça vezes demente.

Para que usar de palavras, se nas palavras a própria palavra se esconde as vezes?
Apenas olhe me nos olhos, reflita minha verdade, diga-me sem pestanejar que mal vê a hora de dizer... "Te amo e é de verdade"...


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