"Selos Recebidos"

quarta-feira, 30 de junho de 2010

"Asas"




Se me ausentar

Não vá se preocupar

Fui logo ali sentar

Em uma mesa de bar


Desejei espairecer

Para não mais padecer

Quis ver o amanhecer

Para lembrar que ainda posso crescer


Se não voltei

Foi por que não precisei

Deixei para trás os passos que dei

Criei asas e em eterno voei




"Não Resiti"




Hoje eu precisei de um alento

Hoje precisei de um carinho.

Hoje precisei de um amigo

Hoje precisei de um conselho

De alguém a me dar discernimento

Alguém para evitar estas lágrimas

Ou apenas para me ouvir

Senti-me sozinho

Desejei o firmamento

Agora não mais importa

A lágrima já é corrida

Percorre a face e se faz doída

Agora não tem diferença

Escrevi para quem sabe eu esqueça

Da dor que se fez esta noite em minha sentença

O sono já se passou e perdi também minha crença

Não resisti

Na dor me perdi

E com lágrimas na noite sucumbi


terça-feira, 29 de junho de 2010

"Fora do Baralho"



Finalmente descubro quem sou eu e quem foi você

Nesta tua vida seguida à sua medida
Fiz apenas parte de uma lista

Essa tua sina de provar dos sabores
Fui apenas mais um de seus amores

Não entende não é mesmo?
Neste jogo não se joga a esmo

De certo sua lista irá crescer
Até ver diante dos olhos o amor desvanecer

Não desejo lhe mal
Apenas que vislumbre o final

Quem sabe ainda haja tempo
Poderá saltar ante o firmamento

Sei agora que a ti não passei de carta
Uma temporada e que tão logo descarta

Mas nesta vida minha querida
O jogo não tem carta repetida

Uma carta descartada
Fará falta quando precisada

Descartou a carta que lhe amou
E que por amar assim se findou

E foi pelo Amor


segunda-feira, 28 de junho de 2010

"No Fim"




E ao fim se descobre que algumas perguntas não têm respostas

Aquelas perguntas feitas em silêncio no leito, com feridas expostas


Do amor vindouro que se encontrara e tão brevemente se dissipara

Das palavras bem ditas agora esquecidas por aquele que as dispara


 As perguntas que na calada da noite

Afastam o sono e deixam coração ofegante


E no fim se descobre que algumas perguntas nascem mortas
Que as promessas na verdade não passaram de promessas tortas


Que sonhos foram sonhados de olhos abertos e não de sonhos em verdade

Das balbucias ditas no calor de se amar, mas não para toda eternidade


Que se calaram quando separados

Agora sem mais significados


E ao fim de tudo, se descobre que as perguntas

Nasceram assim sem respostas


E em um belo dia se conscientiza

Que tais perguntas não se concretizam


Que agora perderam o sentido

Pois aquele amor por ti não fora obtido


O amor que não lhe compreendera o bastante

Pois não passara de uma mentira ultrajante

domingo, 27 de junho de 2010

"Relações"



Relacionamentos não são fáceis

Terão seus altos e baixos por isso somos maleáveis

Nenhum caminho é tão somente repleto de rosas

Por todos caminhados encontraremos também rochas

No amor optamos, sejamos vitimas ou bem feitores

Prefiro ser aquele que o bem irá trazer propagar e nele viver

Diante da relação sou aprendiz como é você.

Vamos juntos tentar construir um elo que jamais irá desvanecer.

Quando estivermos a brigar vou procurar me calar

Assim o anseio da vitória passa e poderemos conversar

Se vir que não me lembro de fazê-lo

Por favor, o faça você

Quando a distância for inevitável e tiver de nos separar

Não se esqueça como se redige uma carta, pois nas palavras podemos nos encontrar

Nesta relação somos meros aprendizes, não importa o tempo

Pois para mantê-lo precisaremos de muito sentimento

Então diferente de um cão vou pedir com palavras sua atenção

Peço que entenda, e não me repreenda

Assim o farei quando olhares para mim

Com olhar de felino pedindo um abrigo

Não temos garantia alguma, tão somente nossas mãos que se seguram

Se for cair, não deixarei acontecer, tal como espero me segurar quando titubear

Mas se ambos estivermos caindo, que nossas mãos não se dividam

Pois, se estivermos juntos poderemos levantar diante daqueles que duvidam

Como disse nosso caminho não serão tão apenas rosas.

Talvez por isso o selar de uma relação

Esteja de fato em o casal ser dar a mão

sábado, 26 de junho de 2010

"Refém"



Pobre o homem carente, vezes descrente

Diante da utopia que vislumbra em vida

Põe-se pensante diante de tantos sentimentos incessantes

Procura nos olhares entender um pouco sobre a vida

Vezes essa desprovida de sensações e emoções provindas de uma a quem querida

Pouco importa os lampejos de desejos

Estreitos esguios e imperfeitos

Duram pouco diante dos olhos para no fim se resumir em oco

O ócio dos pensadores, em pensar na vida e também nos amores

O ópio do poeta que morre e desperta na palavra vezes dispersa

O veneno da alma que seda e acalma

A adaga que tira a vida sem ao menos a carne cortá-la

É tanto palavrear que chego a temer

Uma vida inteira escrever sem o amor prover

Como se destinado a sentir profundo

Intenso transformado em palavras o amor propenso

Aquele esperado jamais chegado

Outorgado, postergado, deixado, findado

Nesta vida não em outra

Para viver da lembrança

E da escrita que jamais descansa

Assim, deixo o medo se alojar.

Pois temo pela vida escrever

Sobre o amor

Que pelo que parece jamais irei ter.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

"O Pardal"



Por vezes me sinto assim

Pássaro calado cujo canto teve fim.

Vagueio por veredas desconhecidas

Por campos onde as árvores se fazem adormecidas

O intrépido silêncio que por vezes atordoa

A mente deste pobre pássaro que com o amor sonha

Agora diante do Sol se pondo

Recordo-me o quanto cantei com estrondo

Quis cantar a todos os pássaros, pois este pardal estava amando

No entanto após aquela primavera

O amor me deixara

Restava Tão somente a espera

O ciclo já se fez

E passara primavera outra vez

O amor não retornara

Tal como o canto de outrora

Que não canto mesmo diante da nova primavera.



quinta-feira, 24 de junho de 2010

"Devaneio"



Doce devaneio incessante

Banha meu leito de amor pulsante

Deste amor que advenho

Faça cessar este anseio

De desejar a toda vida

Doce amada e querida

Trazei-a e fazei-a ficar

Da espera se faça seu lugar

Desconheço doce nome

Não me importa codinome

Em silêncio nos amamos

Em desejos nos tomamos

Brindamos ao suor

Com lábios sem pormenor

Estou a ponto de desejar

Não mais despertar

Visto que tal amada

Tão somente é achada

Em noite enluarada

Adentra meu sono

Faz-me em sonho

Agora devo me deitar

Cessar o pensar

E de corpo relaxado

Novamente ser amado

quarta-feira, 23 de junho de 2010

"Na Mitologia"


Da vida desejo muito mais que feridas

Dos meus, vislumbro além do que vê os olhos teus

De seu desamor levado a sério

Faço do amor meu mistério

Desta sua selva erguida à pedra

Faço-me Centauro

E a atravesso sem muita pressa

Se me trouxer paredes a fim de me cercar

Faço-me Minotauro

E suas paredes a mim não irão parar

Tampouco a mim importa

Se no fogo tentar me encerrar

Verá que das cinzas

Faço-me em Fênix

E seu desamor irei sobrevoar

De certo se fará de Hera

E tentará me envenenar

Mas no amor tenho Afrodite

Que vela este meu caminhar

Até que finalmente entenda

Não importa quão

Obscuro seja seu desamor

Pois mesmo na mitologia

Os Deuses já cuidavam

Do que é belo, o Amor

E se mesmo assim não desistir

Faço-me Dragão para lhe sucumbir

"Presente - MEME"


Olá a todos, recebi este presente-meme da querida amiga Juliana de Palavras em Vão, se não conhecem passem por lá ela escreve de forma maravilhosa.

As regras são responder ao "De Frente" e indicar 5 blogs.


1 - O porque desse blog:
Bom comecei com uma parceria no Blog Viagem ao Centro da Alma, por instrução de Flaviana, infelizmente pelo que verifiquei o Blog não existe mais.
Sempre gostei de escrever, se não me falha a memória desde os 12 anos, mas parei aos 15 pois escrevia o que via e não vivenciava, sempre focado no amor que ainda não entendi...rsrs
Se alguém já entendeu me falem por favor.
E por fim, mas não menos importante, pelo simples gostar. Acredito que muito do que escrevo são lágrimas que não derramo, mas transformo-as em palavras.
Não tenho estilo, tampouco me considero de fato escritor. Apenas mero aprendiz da vida e do Amor.
2 - Minha metade que é como minha filha:
Acredito que possua várias metades, rsrs
Diria que sou a junção de todos que me rodeiam, em principal minha familia que muito estimo.
Meus amigos que sempre que posso estou lá caso precisem. 
E assims e tem Hamilton...

3 - Sobre o amor:
Não existe formúla, tampouco explicação.
Sabe-se que existe em todo lugar, nas amizades, nas criações, no trabalho e no próprio amor.
O amor é essencial, não se pode ver mas como o ar se faz necessário para se viver.
4 - Passado de artista:
Artista? Talvez na infância, pois adorava fazer arte... rsrs

5 - Meus planos:
Inúmeros, mas em primeiro propagar o bem estar da familia, amigos da minha gata que acompanha meu escrever.
Propagar o bem, seja como for. Justiça quando precisar.
E poder ter toda a familia junta novamente. (irmãos no exterior)

6 - Odeio sopa:
Não odeio sopa não, mas também não sou o que se diria fã dela.
Se for para o jantar que tenha pão francês a acompanhar.
É isso!!

E os cinco indicados são:


Também deixo em aberto a todos que participam de "Profundo Pensar"

terça-feira, 22 de junho de 2010

"Que venha o Frio"



E o frio novamente convida

Imaginação e alma bem acolhida

Imagino-me envolto a teu corpo

Respirando em sincronia avistando belo porto

Vamos adentrar e deixar a varanda

Fazer amor sem pressa como o ditado manda

Saborear o estar presente

De corpo e de certo em mente

Deliciarmo-nos no calor da cama

Que incendeia quando se ama

Deixar o vento cantar à varanda

Fazendo-se em doce sinfonia

Enquanto o amor inflama

O frio agora é ausente

A chama do amor esta presente

O frio agora apenas convida

Nós amantes que traduzimos vida


segunda-feira, 21 de junho de 2010

"Doce Noite"


Noite singela de tenro luar
De temperatura amena e de estrelas a bailar
Não tocou minha mão em simples gesto de tocar
Tocou também esta alma que vive um amor a sonhar

De dedos entrelaçados me lança olhar demasiado
Demasiado belo, acarinhado a muito esperado
Toma-me por inteiro em mero segundo dado
Tens-me ao todo pelo seu olhar fora eu roubado

Com olhar perdido ainda cálido vislumbro seus lábios
Que se movimentam em sedução pedindo a serem beijados
Não me atenho e logo nossos lábios se tocam desejados
Beijos demorados incendiados ha tanto tempo saudados

Agora me tens de alma e corpo
De presença e também a todo esforço
Não quero partir tampouco quero fazer alvoroço
Peço que fique que me tenha a cada esboço

Agora ao meu lado esta a caminhar
Somos um perante Deus na vontade de amar
Sorrimos cantamos e vivemos na vida a bailar
Somos dois insanos na intensidade de se doar

Agora quero a vida, o amor mais raro
Quero-te ao meu lado presente mais caro

E ao contemplar da vida magnífica
Vejo-me agora desperto de um sonho que fica


domingo, 20 de junho de 2010

"Romance?? Ou só a modernidade?"



Posto a pensar diante da janela do escritório bem de frente à rua
Vejo no asfalto a poça de água se formar, logo um ônibus passa e faz a poça se espalhar
Aquela poça que fora formada de uma chuva ácida que caia durante meu trabalhar
De forma estranha me desprendo do alfa, e lembro-me da beldade que beijara na noite passada.
Logo pego o smart-phone e penso no sms que devo enviar.
Mas nada me ocorre, a não ser me lembrar que não possuía o número de seu celular.
Tão somente seu endereço escrito em um guardanapo de bar.
Então, olho para a tela do smart-phone ainda em mãos
E noto que o sinal 3G esta indisponível, talvez por conta da chuva que acabara de cessar.
Não me dou por vencido, viro-me de pressa para usar o computador.
Nele posso enviar algumas palavras visto que o endereço é de e-mail e não residencial.
Penso se devo discorrer de texto romântico, ou um mero questionamento de onde nos conhecemos.
Nada me vem à mente.
Desisto, preciso mesmo é de tempo para refrescar o pensar e voltar com algo mais prudente.

Já em casa me lembro do que deixara de fazer.
Mas ainda me lembro bem do beijo que me fizera estarrecer.
Em meu bolso o guardanapo, leio e penso o que em seu nome poderia escrever.
Assim com simples endereço fica difícil saber como devo me expressar.
Talvez algumas palavras que deixem claro meu pensar.
Sim, começarei a falar com o Nick que consta em inicio ao endereço que passara.

Ligo o computador, me acalmo vendo que a banda larga esta disponível
Escrevo o e-mail discorro com palavras de quem o dia nela pensava.
Da chuva ácida tal como da poça que diante de meus olhos se dissipara.

Para minha surpresa, a resposta nada tarda.
Como quem em verdade um contato o dia todo esperara.
Que satisfação, agora sei como chamá-la
Responde ao e-mail e assina com o codinome Mandala.

Alguns e-mails e já estamos mais íntimos enfim
Por sorte o laptop tem web câmera.
Assim namoramos a noite toda ela em seu quarto eu em minha cama.



Isso que dá ficar a toa.
Olha o que a mente divaga!
Na verdade, quisera expressar que o romantismo se perdera
Tal como a poça de chuva ácida.
A carta escrita a mão ainda se faz mais bela.
Traz nela sentimentos colhidos e refletidos.
Refletidos à escrita, com erros de caligrafia
Mas ainda assim com tom maior de poesia.

"Sem Pressa"

Dedico esta pequena postagem à Desabafando do Blog Desabafando & Sonhando.
Muito Obrigado Desabafando.




Não tenho mais pressa

Pois sei, a vontade nunca cessa

Posso até ser assim

De atitudes diversas

Em palavras dispersas

De nuances sem fim

De surpresas enfim

Sou melodia romântica

Ou saudade caótica

Tenho meus valores

Que instigam diferentes sabores

Sou cálido feito noite quente

Ou triste feito tempestade

Não importam as mudanças

Feito tempo que se move e avança

Por isso digo não ter pressa

Nove meses para nascer

Anos para aprender a escrever

Do amor mero aluno

Da vida aprendiz mesmo sem rumo

E a esta blogosfera

De ensinamentos em esfera

Traz o comentário amigo

Ou até desdenho sem abrigo

Pouco importa

Estou vivo

E para recomeçar

É tudo o que vou precisar



sábado, 19 de junho de 2010

"Opostos"



Os opostos

Aos extremos

Fundem-se

Aproximam-se

Transformam-se

Confundem-se

O frio não aquece

Nem alenta ou aconchega

Oposto ao calor

Que aquece, convida

Mas ainda assim queima

O extremo gélido

Queima sem aquecer

Ainda o próprio silêncio

Em sua constância

Atordoa

E quanto ao amor

Que a seu extremo

Chega a causar dor

É na singeleza de se amar

Que se aprende a cuidar

Resgata o poetar

Mas em sua ausência

Deixa a dor, uma clemência

A dúvida de novamente amar

Talvez se na dor morar

Encontre em seu extremo

Tão sonhado amor verdadeiro

sexta-feira, 18 de junho de 2010

"Highway"



Desde que resolvera me abandonar

Tenho tentado de toda forma levantar

Já me embriaguei

Mas percebi, é na embriaguez que você vem

Com os amigos também já tentei

Mas é nos assuntos que seu nome vem

Então optei em desistir

Não havia nada que me negasse seu existir

Nada mais trazia alento

Nem mesmo a brisa ou o vento

As lamúrias já dominavam o pensar

As lágrimas fizeram os olhos embaçar

E neste torpor encontrei uma brecha

Um espaço onde a saudade se fecha

A estrada, o asfalto o caminho sem meta

A velocidade do vento que a lágrima seca

E é neste ponto entre a chegada e a partida

Que deixo a saudade e a lágrima perdida.

No espaço entre chegada e partida

É onde finalmente encontro vida



"Aos Anônimos da Blogosfera"

Que fique claro, esta  postagem tão somente é indicada a aqueles que degrinem postagens.



O anonimato pode vir de qualquer lugar

Desdenhar em palavras o meu ou qualquer outro pensar.

Saibam que a palavra tem poder, escrevê-las assim a fim de afetar

Tão somente fortificam pensadores que não necessitam do anonimato para lhes proteger.

Não falo daqui ou dali, mas da imensidão dos pensadores e seu existir

Que em conjunto movimentam a esfera chamada blogosfera.

Portanto saibam anônimos, sejam sempre bem vindos.

Pois é na fraqueza em que encontram esconderijo.

Pensadores nas palavras têm abrigo

E enquanto anônimos repudiam em palavras

Pensadores criam e pensam de forma expressada

Assinada

Se curvar diante da palavra

Demonstra fraqueza de se mostrar a própria cara;



"Só sei rabiscar"



Que faço eu

Se não um rabisco no céu

Quero saber

No que devo crer

Escrever sem parar

Só para a alma acalmar?

Ou escrevo para saber

Que o amar é meu viver

Que amor é esse

Que machuca a gente

Faz chorar

Sem titubear

Chegam a ter pena

Mas a alma não é pequena

O amor vai sem pudor

Deixa somente a dor

Causa ferida

Deixa lágrima vertida

A lágrima lava o rosto

E diz siga adiante seu moço

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