"Selos Recebidos"

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Escravo de mim mesmo.


Estou cansado, exausto para ser mais honesto.
As noites não mais trazem conforto, o leito se transformara em campo de guerra.
E a razão tenta inutilmente assassinar a emoção.
Nesta batalha me remetem ao que poderia ter sido, e às perguntas do por que não foi.
Me sinto escravo dos sentimentos que tive, que se criaram e que hoje teimam em permanecer.
Tento incessantemente me desvencilhar de minhas lembranças, mas é inútil pois penso em quem não quero pensar.
Contráditorio a todo momento, assim se tornaram meus pensamentos.
Na noite, ao buscar distrações sou acometido por uma mescla de sentimentos, que por vezes pede que os olhos não vejam e que os sons sejam silenciados.
Inútil mais uma vez, pois logo vem o aperto no peito e os olhos buscam incessantemente a quem também não quero e quero rever.
Preciso de uma fórmula, algo milagroso.
Ou simplesmente deixar de ser escravo de mim mesmo.
E poder seguir adiante me desprendendo deste sonho que um dia me venderam.

Sei que cedo ou tarde, terei desejado ser o que não sou.
Se já não o desejo afinal.
Amar a quem não amei e esquecer a quem nunca me amou.
Mas enquanto este dia não vem, findo dia a dia.
Aguardando a candeia se apagar.
E quando a noite se anunciar;
Fechar meus olhos e poder por fim adormecer.
30/11/2009                                 by: Hamilton H. Kubo

Unstoppable
Impossível De Parar


Come and lay right on my bed, sit and drink some wine
Venha e sente na minha cama, tome um pouco de vinho

I'll try not to make you cry
Tentarei não te fazer chorar

And if you get inside my head, then you'd understand
E se você entrasse na minha mente, então você entenderia

Then you'd understand me
Então você me entenderia

Why I've felt so alone, why I kept myself from love
Porque me senti tão sozinho, porque me privei de amar

Ábum : Camino Palmero - The Calling


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

“Do grão que fere ao belo que encanta...”

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Incrível como algumas cicatrizes permanecem inertes em nosso intelecto.
Refiro-me a seqüelas que não são visíveis, mas que nos impede de muitas coisas, cicatrizes que são invisíveis aos olhos, mas nos corrói a alma, normalmente são causadas por acreditar em sonhos que dividimos com alguém.
Sabemos que estas “dores” ou “seqüelas” não passam de metáforas, mas nos parecem muito reais.
Convertem-se em lágrimas, em apertos no peito em insegurança e descrença.
Por vezes gera certa revolta, não focada, ou seja, revolta-se com tudo e com todos como se fosse um escudo, com intuito de se privar de sentimentos.
E por vezes esta revolta afeta pessoas que lhe rodeiam, que nada tem a ver com seu sofrimento ou a seqüela que deixaram em você.
Como na voz de Renato Russo em “Mais uma vez”
“Tem gente que esta do mesmo lado que você, mas deveria estar do lado de lá.”
“Tem gente que machuca os outros, tem gente que não sabe amar...”
Se deixarmos de dar atenção ao que realmente somos e passar a dar atenção maior a estas seqüelas ou cicatrizes, passamos para o outro lado (viramos a casaca).
Imaginem que esta pessoa que o feriu, ou melhor, o sentimento que o feriu seja uma gota de óleo, que acidentalmente caiu em seu mar (alma), se permitir que permaneça lá esta pequena gota irá afetar toda água e por fim tornará o que era límpido em turvo.
O que tento dizer é que este sentimento é pequeno demais para deixarmos com que afete todo nosso ser.
Notem, não estou dizendo que é fácil se livrar de mágoas e sim dizendo para não desistirem.
Vamos tentar nos imaginar como sendo ostras que ao receberem os grãos de areia que as machucam se concentram em não permitir que este grão continue a machucá-la.
E depois de um trabalho árduo (interno), ela transforma este grão de areia áspero e pontiagudo em algo liso e bonito, esta chamada pérola.
Claro que se torna algo palpável, bem diferente de nossas seqüelas, mas a idéia é justamente esta, não permita que um sentimento ruim seja o poluente para toda sua essência, leve o tempo que precisar,  pois a própria ostra leva em média oito anos para realizar todo este processo. Certamente levaremos muito menos para transformar “nosso grão de areia” em uma bela pérola.
   * Do what I say, never what I do.  - By Hamilton H. Kubo

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Feriu e usou-me como quis, deixou a ferida no lugar do alento;

Mesmo assim, ferido e abandonado, continuo em pé, resistindo às marés.

Para um dia lhe estender a mão e ajudar-lhe a levantar quando precisar.



26/11/2009                                       


terça-feira, 17 de novembro de 2009

Acreditar, crer e ver tudo desmoronar

Pois é...
É assim que muitas coisas se resumem e que infelizmente somos vitimas.
Me pego pensando em filmes, músicas videos etc.
Ja repararam como muitos gostam de estórias com finais felizes?
Talvez por ser uma espécie de utópia?


Não meus caros, acontece que o ser humano tem o dom de criar, e como deve ser de conhecimento de muitos a criação de algo belo muitas vezes é reflexo do que se passa no interior destas pessoas...
E isso tudo acontece com uma naturalidade incrível, sejam elas em verso prosa ou ações que até então eram desconhecidas a sí próprios.
Se sentir apaixonado por exemplo, nesta situação passam se horas pensando em algo que possa agradar, mas tem que ser algo novo inédito na vida da outra pessoa, e assim se cria.
Não sendo necessário receber algo em troca, simplesmente o sentimento que fica em no peito ao presenciar um simples sorriso.
Um gesto natural para quem recebe o agrado, mas de alguma forma um momento sublime.
Ah, os encantos de um ser apaixonado!
Tão belos que nem se atentam ao tempo que se passa bitolado em encontrar uma forma de agradar.
Como se vivenciasse um conto de fadas, com trilha sonora e tudo.
E muitas vezes se tornam vitimas de tal sentimento.
Inevitavelmente se espera, se acredita e é ainda pior se a demonstração de afeto parte de ambas as partes.
Porém isso tudo pode passar a ser maléfico caso não perdure.
Quando não é para dar certo, simplesmente não vai dar e ponto.
E então tudo se acaba, e obviamente um dos lados se prejudica de forma mais intensa à outra.
Acreditem quando ouvirem a expressão “a palavra tem poder”, pois acreditamos piamente em muitas.
E então tudo que se acredita, se sonha um dia desmorona e a vida que até ontem era bela passa ser uma clausura.
Por isso, pense muito bem antes de dizer “te amo” a alguém, pois ela pode acreditar na sua mentira.
E por acreditar em um ser humano ela sofre.
Não usem de forma infundada suas palavras e nem tão pouco se aproveite da inocência de quem ama.
Seja honesto consigo mesmo e assim estará sendo com todos.
                              * Do what I say, never what I do. - By Hamilton H. Kubo

Hei de amar-te em meus sonhos;
Pois nele habita a pessoa que conheci.
Já em meus dias, desconheço sua face;
Pois não fora olhando em meus olhos que disse querer partir.






17/11/2009                                                           Hamilton Hideto Kubo

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Prisioneiros do Medo

Prisioneiros do Medo


Como nos tornamos prisioneiros de nossos medos?
A verdade seja dita, muitas vezes somos acometidos por um medo irracional que nos paralisa e nos engessa, não nos permitindo tomar uma ação ou uma atidude.
Muitos de nós vivenciamos algum tipo de medo, seja ele de um desafio profissional ou pessoal.

O medo do novo, do desconhecido é muito comum na sociedade em que vivemos mesmo ela estando oculta dentre tantos pensamentos.
Pois além do nosso medo pessoal existe também o receio de que seu medo se torne conhecido pelas pessoas que lhe rodeiam.


Por exemplo, uma pessoa que fora magoada em um relacionamento terá como informação em seu subconsciente uma dor invisível devido ao que aconteceu e inevitavelmente se tornará um medo ou mesmo receio em um novo relacionamento. Claro que essa reação não deve ser generalizada, pois ela varia de acordo com a personalidade de cada um.


A questão aqui é que o medo na maioria das vezes é gerado por conta de uma experiência não bem sucedida, o que independe do campo, seja ele profissional, pessoal ou sentimental.
E esse medo se aloja em uma parte de nosso subconsciente e só nos damos conta dele quando nos deparamos com uma situação similar a que criou esse medo.
E este por sua vez, pode até nos impedir de sermos felizes em um determinado campo de nossas vidas.
A idéia é que precisamos nos desvencilhar de amarras (referindo-se a algum medo), para que algo de realmente certo, caso contrário podemos nos paralisar diante do desafio.
Não é fácil tomar tal atitude, mas sabemos que se não a tomarmos jamais nos libertaremos dos nossos medos.


Por isso ouvimos tanto a expressão “Errar é humano“ e de fato é e somente por eles é que conseguiremos o acerto. Claro que com algum aperfeiçoamento, pois através de uma tentativa falha o cérebro humano será capaz de assimilar os passos a serem tomados em uma segunda tentativa.


Por isso tente, erre, mas jamais desista. Não permita que o medo de errar ou de errarem com você seja motivo para deixar de viver algo.


Afinal de contas, os sentimentos que terá com os acertos serão infinitamente mais satisfatórios.






21/09/09 – 22h02 * Do what I say, never what I do. - By Hamilton H. Kubo



Surgiu de forma sorrateira, invadindo meus pensamentos.
Me recriou, trazendo sensações a muito esquecidas, bordando sonhos em minha vida e fazendo-me acreditar que sonhava contigo.
Criamos laços invisíveis, aos olhos mas seguro aos sentimentos.
E como em uma estação de primavera floriu meu campo dando vida e cor a minha vida, mas depois partiu deixando o secar e por fim encontrar seu epílogo.
E quando partiu, levou algo consigo.
O brilho de meus olhos, que ficaram presos aos seus quando nossos lábios se tocaram.

                                                                                                                                   Hamilton H. Kubo

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

“Produto” Usar para não ser usado?

O que seria se tornar um produto do sentimento?
Acredito que de fato existam personalidades que se tornaram produtos, eu mesmo já tentei me tornar um "produto", do sexo feminino. Mas sem resultados... (risos)
Qual seria a definição deste termo?
Vejamos a passagem abaixo:
Imagine que uma pessoa é extremamente suscetível às emoções, e graças a esta personalidade vivencia romances de forma intensa, mergulhando profundamente, deixando-se flutuar a cada momento que vivencia algo ao lado de quem aprendeu a amar.
E como se tudo tivesse prazo de validade esse romance termina, não por que esta pessoa "emotiva" o quer, e sim pelo fato da outra pessoa simplesmente resolver impor um ponto final.
A partir deste momento o Mundo parece desabar, o chão some diante dos próprios pés...
Busca-se incessantemente por motivos e ou razões para o ocorrido, quando na realidade já se sabe qual é. O fim chegou, e não ha mais nada a fazer. Então, é aqui que alguns sofrem a mutação e se tornam produtos criados pelas emoções de dilaceração ou ate mesmo por conta da pessoa com a qual havia construído seus sonhos, e com isso passa a desacreditar de muitas coisas.
Impõe a si mesmo que passará a usar para não ser usado, ignora sentimentos, com o intuito único de não se machucar mais. Mesmo sabendo que com isso passa a ser a pessoa que fere, para não mais se ferida.
E hão de convir comigo, existem pessoas assim, às vezes por um período, outras por toda vida. Aquelas que vivem um relacionamento de aparências, para tentar sanar alguma cobrança da própria sociedade, que se casam, mas nunca por completo.
O fato é que nenhuma pessoa na face da terra merece que mudemos por ela, temos que pensar no que aprender e não desaprender com o que passamos.
Como muitos dizem para tudo na vida existe uma razão. De fato existe; apenas se esquecem de complementar o ditado.
Pois por muitas vezes, podemos ser a razão para a vida de alguém em um dado momento, uma espécie de anjo terreno, que fora posto no caminho desta pessoa, justamente para ensiná-la algo ou simplesmente proporcionar lhe uma sensação que ate então desconhecia sua existência, por exemplo, poder ser amada de corpo e alma.
Portanto, a razão para se vivenciar um dado momento é real, mas sempre existem os dois lados de uma relação e nem sempre estamos apenas para aprender e sim também para poder ensinar.
Pensem nisso!
                  * Do what I say, never what I do. - By Hamilton H. Kubo
Como Flores
Quando essas vagas lembranças pelo tempo se esvaírem;
Quando este pequeno espaço em sua mente se extinguir;
Assim como eles deixe-me partir;
Que talvez, como flores
Na doce primavera hei de novamente surgir...
16/03/1998



Beijos e Abraços.

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